Milhares de marfinenses protestam em Abidjan contra quarto mandato de Alassane Ouattara
Milhares de marfinenses protestaram em Abidjan, a 9 de agosto de 2025, contra a candidatura de Alassane Ouattara a um quarto mandato. A manifestação, organizada pela oposição, exigiu a reintegração de Laurent Gbagbo e Tidjane Thiam nas eleições. Os atos foram pacíficos e reuniram dezenas de milhares de pessoas, segundo autoridades e observadores. A oposição alega que a nova candidatura viola o limite constitucional de mandatos. As eleições presidenciais estão marcadas para 25 de outubro de 2025, em meio a um clima de tensão política.
OMGNews24
10/08/2025

Milhares de marfinenses saíram às ruas da capital económica, Abidjan, no sábado (9), para protestar contra a intenção do presidente Alassane Ouattara de concorrer a um quarto mandato. A manifestação, convocada por partidos da oposição e organizações da sociedade civil, também exigiu a reintegração de líderes opositores excluídos do processo eleitoral, incluindo Laurent Gbagbo e Tidjane Thiam (AP News).
Os protestos decorreram de forma pacífica, com os participantes empunhando cartazes pedindo “justiça”, “democracia” e “respeito à Constituição”. A oposição afirma que uma nova candidatura de Ouattara violaria o limite constitucional de mandatos e ameaçaria a estabilidade política do país (Expresso das Ilhas).
Segundo as autoridades e observadores independentes, a marcha reuniu dezenas de milhares de pessoas, e não “mais de 2 milhões” como circulou em redes sociais. A cifra amplamente partilhada online não foi confirmada por nenhuma fonte oficial ou independente (AP News).
A tensão política na Costa do Marfim cresce à medida que se aproxima o período eleitoral, marcado para , com analistas alertando para riscos de instabilidade semelhantes aos da crise pós-eleitoral de 2010 (Expresso das Ilhas).
Como os protestos se formaram
1. Exclusão de candidatos da oposição (4 de junho)
A Comissão Eleitoral anunciou que Laurent Gbagbo, Tidjane Thiam e outros dois opositores estavam impedidos de concorrer nas eleições presidenciais. No caso de Thiam, a justificativa foi a dupla nacionalidade (AP News).
2. Primeiras mobilizações (14 de junho)
Após a exclusão, partidos e apoiantes organizaram manifestações iniciais em Abidjan e outras cidades, dando início à contestação pública contra as decisões da comissão eleitoral (Expresso das Ilhas).
3. Confirmação de Ouattara como candidato (29–30 de julho)
O presidente Alassane Ouattara, de 83 anos, anunciou oficialmente que voltaria a concorrer em outubro, mesmo após três mandatos, o que a oposição considera inconstitucional (AP News).
4. Detenções e aumento da tensão (início de agosto)
Na semana anterior ao grande protesto, o partido PPA-CI denunciou a detenção de seis membros em Yopougon, acusando o governo de repressão política. As autoridades afirmaram que as detenções estavam relacionadas a incidentes violentos, algo negado pela oposição (Expresso das Ilhas).
5. Marcha de 9 de agosto
Milhares marcharam pelas ruas de Yopougon, bairro populoso de Abidjan, exibindo faixas contra o quarto mandato de Ouattara e pedindo a reintegração de Gbagbo e Thiam no pleito. Houve também apelos para revisão das listas eleitorais. Até o fim do dia, o governo não havia emitido reação oficial (AP News).
6. Próximos passos
Com as eleições previstas para , é esperado que haja novas mobilizações, decisões judiciais e possíveis negociações sobre a participação de candidatos excluídos (Expresso das Ilhas).
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