Guerra

Israel ataca sul do Líbano e destrói centenas de veículos usados por Hezbollah, diz IDF

Força Aérea israelense conduziu ataques aéreos na madrugada destruindo centenas de veículos de construção que, segundo o Exército israelense, estavam sendo usados pelo Hezbollah para reconstruir infraestrutura militar.

Autor
OMGNews24
Publicado
11/10/2025
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Israel ataca sul do Líbano e destrói centenas de veículos usados por Hezbollah, diz IDF

A Força Aérea de Israel conduziu ataques aéreos na madrugada deste sábado (11 de outubro) contra o sul do Líbano, destruindo centenas de veículos de construção que, segundo o Exército israelense, estavam sendo usados pelo Hezbollah para reconstruir sua infraestrutura militar. Ao menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas, informa o Ministério da Saúde libanês, conforme reportado pela Al Jazeera.

Bombardeios destroem equipamentos de construção pesada

A IDF (Israel Defense Forces) afirmou que os bombardeios atingiram depósitos de maquinário pesado — incluindo escavadoras, tratores e veículos utilitários — que estariam sendo usados para restaurar "infraestrutura terrorista" em território libanês. A operação visou especificamente equipamentos que, segundo Israel, violavam os termos do cessar-fogo.

Segundo relatos da imprensa libanesa e da agência nacional NNA, foram destruídos cerca de 300 veículos, entre escavadoras, bulldozers e mais de 100 unidades pequenas tipo Bobcat, representando perdas materiais significativas para a economia local, segundo o Times of Israel.

Vítima civil morta durante ataque

O Ministério libanês da Saúde confirmou que um ataque na região de Al-Msayleh deixou uma pessoa morta e sete feridas. A vítima fatal foi identificada como um cidadão sírio, que transitava em uma van de transporte de frutas e verduras no momento do ataque, destacando o impacto dos bombardeios sobre civis inocentes.

O incidente levanta preocupações sobre a precisão dos ataques israelenses e a proteção de civis em áreas onde supostamente operam elementos do Hezbollah, conforme reportado pela Associated Press.

Líbano condena "agressão hedionda" contra civis

O presidente libanês Joseph Aoun condenou fortemente o ataque, classificando-o como uma "agressão hedionda contra instalações civis" e afirmando que não há justificativa ou pretexto aceitável para a ação. A posição oficial libanesa enfatiza que os alvos eram principalmente de natureza civil e econômica.

A condenação reflete a crescente tensão diplomática entre os dois países e a deterioração das relações após o cessar-fogo, com o Líbano acusando Israel de violações sistemáticas dos acordos estabelecidos em novembro de 2024.

Israel justifica ataques como medida preventiva

Por sua vez, a IDF justificou o ataque afirmando que o Hezbollah opera de maneira que coloca civis em risco, usando-os "como escudos humanos", e que o uso desses equipamentos viola o acordo de cessar-fogo firmado em novembro de 2024. Israel mantém que tem direito de autodefesa preventiva.

Em um comunicado, as Forças Armadas israelenses declararam que continuarão agindo para "eliminar qualquer ameaça ao Estado de Israel", agindo contra infraestruturas do Hezbollah sempre que necessário, conforme reportado pela TASS.

Padrão de ataques desde cessar-fogo

Desde o cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, firmado em novembro de 2024, Israel já realizou centenas de ataques aéreos no sul do Líbano, alegando que o Hezbollah tenta restabelecer sua capacidade militar. Este padrão de bombardeios regulares tem sido fonte contínua de tensão regional.

A frequência dos ataques sugere que Israel considera o cessar-fogo como um acordo tático temporário, mantendo vigilância constante sobre as atividades do Hezbollah e intervindo militarmente sempre que identifica tentativas de rearmamento ou reconstrução de capacidades.

Escalada de tensões compromete estabilidade regional

Este ataque particular destaca a crescente tensão entre os dois lados, uma vez que Israel busca impedir que o grupo libanês recupere ativos destruídos durante conflitos anteriores. A estratégia israelense de ataques preventivos mantém a região numa constante tensão militar.

A situação também levanta preocupações sobre escalada militar e impactos humanitários nas populações civis das áreas atingidas, com observadores internacionais alertando para o potencial de deterioração do cessar-fogo em vigor.

Implicações para acordo de cessar-fogo

Os ataques contínuos colocam em questão a viabilidade do acordo de cessar-fogo de novembro de 2024, com ambos os lados acusando violações mútuas. A comunidade internacional expressa preocupação crescente sobre a sustentabilidade da trégua atual.

Especialistas alertam que a continuidade destes incidentes pode levar ao colapso completo do cessar-fogo, potencialmente desencadeando um novo ciclo de violência que afetaria gravemente a estabilidade do Oriente Médio e as populações civis de ambos os lados da fronteira.

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