Acidente na EN1, em Maputo, causa dois óbitos e vários feridos: tragédia expõe fragilidades da via mais importante do país
Estrada Nacional n.º 1 regista novo sinistro "aparatoso" envolvendo múltiplos veículos, provocando congestionamento durante horas e reacendendo debate sobre estado crítico da infraestrutura rodoviária moçambicana.
OMGNews24
24/08/2025

A Estrada Nacional n.º 1 (EN1), artéria rodoviária mais importante de Moçambique, voltou a ser palco de tragédia com acidente "aparatoso" que provocou dois mortos e vários feridos em 24 de agosto de 2025. O sinistro envolveu múltiplos veículos e originou congestionamento durante várias horas, expondo mais uma vez as fragilidades críticas desta via estratégica que continua ceifando vidas, conforme reportado pela TV Sucesso.
Dinâmica trágica do sinistro
Segundo testemunhas presentes no local, veículos pesados e ligeiros ficaram parcialmente bloqueados antes da colisão catastrófica, fator que poderá ter agravado dramaticamente a gravidade do sinistro. A natureza "aparatosa" do acidente sugere impacto de alta velocidade entre múltiplos veículos, criando cenário de destruição que exigiu intervenção massiva de serviços de emergência.
Os feridos foram imediatamente socorridos e encaminhados para unidades hospitalares de Maputo e Matola, enquanto a Polícia da República de Moçambique (PRM) e o Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) procederam ao atendimento de emergência e levantamento preliminar das causas que conduziram a esta tragédia rodoviária.
Estatísticas alarmantes da sinistralidade nacional
Este acidente insere-se num padrão preocupante de escalada na sinistralidade rodoviária moçambicana. Dados oficiais da PRM revelam que no primeiro semestre de 2025 foram registados 409 óbitos em acidentes de viação, comparados com 366 mortes em período equivalente de 2024 - representando aumento alarmante superior a 11%, conforme documentado pela DW África.
As principais causas identificadas incluem excesso de velocidade e ultrapassagens perigosas, falta ou degradação da sinalização rodoviária, deficiências graves na infraestrutura da EN1 especialmente nos troços de maior tráfego, condução sob efeito de álcool e comportamento imprudente de peões.
EN1: espinha dorsal rodoviária em estado crítico
A EN1 constitui a espinha dorsal rodoviária de Moçambique, ligando capitais provinciais do sul ao norte e servindo como corredor estratégico para transporte de passageiros e mercadorias. Contudo, permanece marcada por sinistros constantes e deficiências estruturais graves que comprometem a segurança de milhares de utilizadores diários.
Relatórios recentes da AIM identificam troços como Inchope-Caia e Save-Muxúnguè entre os mais problemáticos, devido a buracos extensos, desgaste severo do asfalto e tráfego pesado que deteriora continuamente as condições de segurança.
Exigências urgentes da sociedade civil
Após este acidente trágico, cidadãos e organizações da sociedade civil voltaram a exigir medidas concretas e imediatas. As reivindicações incluem reforço substancial da fiscalização rodoviária pela PRM, especialmente em pontos críticos da EN1, aceleração dos projetos de reabilitação anunciados pelo Governo que têm sofrido atrasos significativos, e implementação de campanhas nacionais abrangentes de educação rodoviária.
Até ao momento, a PRM não divulgou balanço oficial detalhado das vítimas nem as causas concretas do acidente, mantendo investigação em curso. Este sinistro reforça urgência de intervenção estrutural na EN1 para prevenir futuras tragédias numa via que deveria conectar o país, não ceifar vidas de seus cidadãos.
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